Marcas e Empresas
Mercado de seguros deve fechar 2011 com crescimento de 17,1%
O mercado de seguros no Brasil deve fechar o ano com um crescimento de 17,1%, informou nesta quinta-feira, 8, a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais (CNseg).
Segundo projeção da entidade, o mercado deve alcançar em 2011 R$ 218,6 bilhões. Em 2012, a CNseg espera um crescimento de 12,8%, chegando a R$ 246,86 bilhões.
O presidente da CNseg, José Hilário Gouvêa Vieira, destacou que a perspectiva para o ano que vem continua acima de 10%, bem à frente do esperado para o crescimento da economia, mantendo o crescimento acelerado do setor. Ele citou as obras de infraestrutura e os microsseguros como vetores dessa expansão.
O presidente da Fenaprev, Marco Antonio Rossi, disse que a desaceleração do setor não tem ligação com o crescimento mais lento da economia. Está mais ligado à dificuldade de se manter taxas tão altas de expansão com o crescimento do mercado no País. De qualquer forma, ele disse que ainda há demanda reprimida no setor e que é isso que explica a manutenção do cenário de seguros bem mais otimista do que o da economia como um todo.
Segundo o presidente da CNseg, o crescimento acelerado do setor no Brasil surpreendeu até mesmo às seguradoras em 2011. De acordo com ele, as empresa esperavam um crescimento de 12% do mercado este ano em relação ao desempenho de 2010, mas os números até outubro indicam uma alta de 17,1% na projeção da entidade.
Com isso, disse o dirigente, o mercado segurador estimado elevará este ano a sua participação no PIB de 5,17% para 5,4% com a arrecadação de em R$ 218,6 milhões. No ano passado, esse faturamento havia sido de R$ 183,9 bilhões, um crescimento de 14,2% em relação a 2009.
'É uma cifra muito importante, que mostra a importância do nosso setor para a poupança interna e o desenvolvimento do País, embora nem sempre isso seja reconhecido', disse Vieira. 'O mercado de seguros continua aquecido, embora já tenhamos atendido parte da demanda reprimida que ainda há no País. De qualquer forma, é impossível crescer às mesmas taxas todo ano, mas vamos continuar crescendo acima do PIB em 2012.'
Vieira também destacou o avanço do setor de seguros na composição da poupança interna do País. Segundo a CNseg, essa participação chegou a 11% este ano, contra 10,9% no ano passado. No pagamento de indenizações, o setor também deve fechar o ano com avanço de 17,1% em relação a 2010, somando R$ 106,3 bilhões. A expectativa da CNseg para 2012 é de um crescimento de 11,7% sobre 2011.
Fundo para servidores públicos
De acordo com Rossi, as seguradoras privadas querem participar do fundo de pensão complementar dos servidores públicos, cujo projeto de lei está em discussão no Congresso.
Segundo Rossi, as seguradoras da área de previdência levaram aos parlamentares o interesse de participar do fundo já no período de acumulação, mas ele admitiu que essa possibilidade é pouco provável. No entanto, ele disse que as seguradoras já estão se preparando para participar da fase seguinte, assumindo parte dos riscos dos pagamentos em uma espécie de fundo paralelo.
Rossi afirmou ainda que a Fenaprevi conseguiu que os parlamentares aceitassem a sugestão da entidade de incluir o princípio da portabilidade no projeto, o que dará liberdade aos servidores para levar os seus montantes acumulados para outros fundos, como já acontece no mercado privado. Ele elogiou o modelo do fundo dos servidores que está sendo desenhado pelo governo e o Congresso.
'A concepção do modelo é muito boa', avaliou Rossi. Ele acrescentou que a proposta de que o Estado entrar com 7,5% da contribuição e o servidor com outros 7,5% é boa porque vai garantir uma boa remuneração aos beneficiários. Os valores desse tipo de arranjo no mercado, segundo ele, giram em torno de 4%.
Ele também afirmou ser positiva a limitação de 20% do total dos recursos do fundo a serem administrados por cada uma das instituições gestoras que serão contratadas para aplicar os recursos do fundo, o que protege os beneficiários com a diversificação. 'A gente sente que há um compromisso de melhorar a gestão', afirmou. Por Alexandre Rodrigues,
Fonte:AgênciaEstado08/12/2011
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