Marcas e Empresas
Após uma década com 18 aquisições, entre elas a de sua grande concorrente Medial, a operadora de planos de saúde Amil está priorizando a expansão orgânica neste ano. "Nosso foco é o crescimento orgânico com rentabilidade. Quanto às aquisições, se encontrarmos uma oportunidade interessante, vamos avaliar", disse Erwin Kleuser, diretor corporativo e de relações com investidores da Amil.
A rentabilidade é uma prioridade para a operadora do empresário Edson Bueno. Não à toa, neste trimestre, a Amil preferiu perder 241 mil clientes de planos corporativos do que arcar com prejuízos. "Eram beneficiários de operadoras que adquirimos no ano passado. Tentamos renegociar os contratos, mas não houve acordo e eles estavam mal precificados", explicou o executivo. A Amil comprou em 2011 as operadoras Excelsior, com forte atuação no Nordeste, e Lincx, voltada para o público premium, que demandaram recursos de R$ 220 milhões.
No primeiro trimestre, a carteira de clientes da Amil somou 5,8 milhões de pessoas, um aumento de 5,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Deste total, 1,5 milhão são planos dentais, que apresentaram alta de 26,4%.
A receita líquida, entre janeiro e março, somou R$ 2,4 bilhões, o que representa um crescimento orgânico de 13% e de 19% considerando as aquisições, quando comparado a igual trimestre de 2011.Além das operadoras, a Amil também comprou o Hospital Samaritano, no Rio, no ano passado. O lucro líquido da companhia aumentou 14%, para R$ 88,4 milhões.
O lucro antes dos tributos ficou em R$ 151,5 milhões, o que representa R$ 30 milhões a mais quando comparado a igual trimestre de 2011.
A taxa de sinistralidade subiu para 69,2%, ante 67,9% dos três primeiros meses do ano passado. "Esse aumento de 1,3 ponto percentual é porque a sinistralidade no trimestre anterior foi baixa. No ano passado, o Carnaval foi em março e, normalmente, as pessoas deixam para fazer cirurgias e outros procedimentos médicos após as férias e feriados. Tanto é que no segundo trimestre de 2011, a sinistralidade foi alta", disse Kleuser. Este ano, o Carnaval foi em fevereiro.
Dentro de sua estratégia de expansão, a Amil prevê investimentos da ordem de R$ 250 milhões para crescimento orgânico e outros R$ 217 milhões para pagamento das aquisições realizadas. A dívida bruta da companhia soma R$ 1,3 bilhão, sendo que mais de 90% é endividamento de longo prazo.
As atenções de Edson Bueno hoje estão voltadas para a construção de dois hospitais que estão demandando investimentos de cerca de R$ 550 milhões. Localizado no Rio, o Hospital das Américas terá 500 leitos e a primeira etapa deverá ser concluída no segundo semestre do próximo ano. Em São Paulo, outro projeto importante em andamento é novo hospital TotalCor, que terá 200 leitos.
A Amil é dona de uma expressiva carteira com 22 hospitais situados em várias regiões do país. Com isso, a operadora consegue administrar melhor sua taxa de sinistralidade, uma vez que controla diretamente as despesas médicas. No último ano, várias operadoras e seguradoras de saúde tiveram aumento na taxa de sinistralidade por conta de pressão de despesas médicas. Por Beth Koike Fonte:Valor Econômico 09/05/2012
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Após 18 aquisições, foco da Amil é expansão orgânica
Após uma década com 18 aquisições, entre elas a de sua grande concorrente Medial, a operadora de planos de saúde Amil está priorizando a expansão orgânica neste ano. "Nosso foco é o crescimento orgânico com rentabilidade. Quanto às aquisições, se encontrarmos uma oportunidade interessante, vamos avaliar", disse Erwin Kleuser, diretor corporativo e de relações com investidores da Amil.
A rentabilidade é uma prioridade para a operadora do empresário Edson Bueno. Não à toa, neste trimestre, a Amil preferiu perder 241 mil clientes de planos corporativos do que arcar com prejuízos. "Eram beneficiários de operadoras que adquirimos no ano passado. Tentamos renegociar os contratos, mas não houve acordo e eles estavam mal precificados", explicou o executivo. A Amil comprou em 2011 as operadoras Excelsior, com forte atuação no Nordeste, e Lincx, voltada para o público premium, que demandaram recursos de R$ 220 milhões.
No primeiro trimestre, a carteira de clientes da Amil somou 5,8 milhões de pessoas, um aumento de 5,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Deste total, 1,5 milhão são planos dentais, que apresentaram alta de 26,4%.
A receita líquida, entre janeiro e março, somou R$ 2,4 bilhões, o que representa um crescimento orgânico de 13% e de 19% considerando as aquisições, quando comparado a igual trimestre de 2011.Além das operadoras, a Amil também comprou o Hospital Samaritano, no Rio, no ano passado. O lucro líquido da companhia aumentou 14%, para R$ 88,4 milhões.
O lucro antes dos tributos ficou em R$ 151,5 milhões, o que representa R$ 30 milhões a mais quando comparado a igual trimestre de 2011.
A taxa de sinistralidade subiu para 69,2%, ante 67,9% dos três primeiros meses do ano passado. "Esse aumento de 1,3 ponto percentual é porque a sinistralidade no trimestre anterior foi baixa. No ano passado, o Carnaval foi em março e, normalmente, as pessoas deixam para fazer cirurgias e outros procedimentos médicos após as férias e feriados. Tanto é que no segundo trimestre de 2011, a sinistralidade foi alta", disse Kleuser. Este ano, o Carnaval foi em fevereiro.
Dentro de sua estratégia de expansão, a Amil prevê investimentos da ordem de R$ 250 milhões para crescimento orgânico e outros R$ 217 milhões para pagamento das aquisições realizadas. A dívida bruta da companhia soma R$ 1,3 bilhão, sendo que mais de 90% é endividamento de longo prazo.
As atenções de Edson Bueno hoje estão voltadas para a construção de dois hospitais que estão demandando investimentos de cerca de R$ 550 milhões. Localizado no Rio, o Hospital das Américas terá 500 leitos e a primeira etapa deverá ser concluída no segundo semestre do próximo ano. Em São Paulo, outro projeto importante em andamento é novo hospital TotalCor, que terá 200 leitos.
A Amil é dona de uma expressiva carteira com 22 hospitais situados em várias regiões do país. Com isso, a operadora consegue administrar melhor sua taxa de sinistralidade, uma vez que controla diretamente as despesas médicas. No último ano, várias operadoras e seguradoras de saúde tiveram aumento na taxa de sinistralidade por conta de pressão de despesas médicas. Por Beth Koike Fonte:Valor Econômico 09/05/2012
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