Após Chile, BM&FBovespa deve adquirir participação em mais duas bolsas
Marcas e Empresas

Após Chile, BM&FBovespa deve adquirir participação em mais duas bolsas


O diretor-presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, disse nesta sexta-feira, 15, em coletiva de imprensa, que depois de alcançar uma fatia de 8% da bolsa de Santiago, a empresa brasileira deverá iniciar a aquisição de fatias em até outras duas bolsas até o fim do primeiro semestre. Segundo o executivo, as bolsas de valores do Peru e Colômbia devem ser os próximos alvos. Além desses três países, as bolsas da Argentina e México também estão no radar da companhia. "Esse é um projeto de médio prazo", disse.

Edemir destacou ainda que o objetivo da bolsa brasileira é efetuar a aquisição até o limite permitido pela legislação local. Nesse sentido, frisou, a ideia é de alcançar no curto prazo uma participação de 10% na Bolsa do Chile. Recentemente, o executivo abriu também que a companhia tem interesse em buscar um assento nos conselhos de administração dessas bolsas.

A decisão da BM&FBovespa de ingressar na América Latina foi tomada em junho do ano passado, quando se aproximava o fim de um forte ciclo de investimentos da companhia, na ordem de R$ 1,5 bilhão. Dois bancos de investimento, então, foram contratados para assessorar os negócios.

Apesar dos volumes baixos dessas bolsas, com exceção da mexicana, a BM&FBovespa pretende, com essa aproximação, oferecer às bolsas dois produtos que podem ter peso no momento das negociações: a clearing integrada com o novo sistema de risco e a plataforma de negociação eletrônica Puma.

A intenção da Bolsa brasileira é adquirir uma participação até o limite permitido pela regulação local, que varia entre 5% e 15%. Ao final desse processo, a Bolsa busca se tornar um centro de liquidez da região, atraindo, assim, fundos de pensão da região que operam hoje apenas em Nova York ou Londres, e também de empresas, que acabam acessando outros mercados que não o da América Latina.

Nesta quinta-feira, 14, ao divulgar o seu resultado trimestral, a Bolsa destacou que o investimento de 8,3% na bolsa de valores do Chile somou R$ 43,6 milhões.

Aberturas de capital

De acordo com Edemir, a estreia da Par Corretora na bolsa de valores poderá marcar o início de outras aberturas de capital para o segundo semestre do ano. A Par Corretora, que é o braço de distribuição da Caixa Seguros, arquivou nesta semana na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) seu prospecto para oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). O cronograma divulgado ao mercado estabelece o fim da apresentação aos investidores e fixação dos preços das ações logo no início de junho.

O executivo disse que o investidor estrangeiro já está mais otimista em relação ao Brasil e destacou o fluxo de entrada de capital estrangeiro na bolsa neste início de ano, o que acaba trazendo um viés mais positivo para a realização de ofertas ao longo do segundo semestre. Edemir lembrou que historicamente, na média, os investidores estrangeiros ficam com cerca de 70% de todas as grandes colocações de ofertas de ações que ocorrem no País.

"A operação anunciada pela Par Corretora tem um investidor âncora mas é importante que saia a operação, que traz uma cara nova para o segundo semestre. Com essa virada já sentida por parte do investidor estrangeiro temos tudo para estrear com a Par e ter mais alguma operação até o fim do ano", disse.

Além da Par Corretora, a Caixa Seguros também já anunciou que fará sua oferta, que deverá ocorrer no terceiro trimestre, após o fim das férias no Hemisfério Norte. Além dela, tendo em vista apenas estatais, a reportagem apurou sobre o interesse de abertura de capital do IRB e da Infraero. Os IPOs de companhias estatais vêm na esteira da necessidade do governo de levantar capital, em meio ao ajuste fiscal.

Entre empresas privadas, no ano passado fizeram pedido para IPO a Azul e a JBS Foods, entre outras.
Edemir disse também que existe hoje entre os investidores brasileiros um pessimismo exagerado com a economia. "Existe um excesso que não encontra correspondência com os fatos, é óbvio que há dificuldades pela frente, a inflação está alta e o nível de atividade em queda", destacou. No entanto, segundo ele, o País passa por um momento de correção, com o ajuste fiscal em curso.

"Essa guinada já foi percebida pelos investidores estrangeiros", destacou o executivo, lembrando sobre o forte fluxo externo que entrou na bolsa nos primeiros meses deste ano. "Na bolsa não há tempo para pessimismo e temos confiança na capacidade do País", disse. Por Fernanda Guimarães | Estadão Leia mais em yahoo 15/05/2015




loading...

- Bm&fbovespa Quer Comprar Até 15% De Bolsas Na América Latina
A BM&FBovespa planeja comprar até 15 por cento de todas as principais operadoras de bolsas na América Latina, afirmou o presidente da bolsa brasileira, Edemir Pinto, ao jornal britânico Financial Times no domingo, em investida para aumentar sua...

- Novos Ipos Dependem De Volta Da Confiança Do Empresário
Para deslanchar, o mercado brasileiro de ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) não depende apenas da redução da aversão ao risco no cenário externo, mas também da retomada da confiança do empresariado local na economia....

- Ipos Serão Menores Nos Próximos 2 Anos, Diz Bm&fbovespa
O mercado de capitais brasileiro terá nos próximos dois anos uma "nova onda" de ofertas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) menores, de acordo com o diretor presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto. Essas operações devem ter, conforme...

- Até 45 Empresas Estão Preparadas Para Ipo, Diz Edemir
O presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, afirmou hoje que entre 40 e 45 empresas estão preparadas para fazer oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) para este ano. Segundo o executivo, a abertura de capital dessas companhias está represada...

- Bm&fbovespa Quer Dupla Listagem Com Bolsa De Shenzhen
De acordo com o presidente Edemir Pinto, a parceria trará muito em breve novidades para fazer deslanchar o Bovespa Mais Um acordo pleno de dupla listagem de empresas brasileiras e chinesas é um dos objetivos do memorando de entendimentos assinado...



Marcas e Empresas








.