Marcas e Empresas
As melhores práticas para empresas familiares
John Ward, palestrante do Fórum HSM Family Business do ano que vem, fala sobre as boas práticas em empresas familiares líderes
Mesmo após a explosão do capitalismo financeiro em meados de 1990, empreendimentos familiares perduram após a febre de abertura de capital nas empresas.
John L. Ward, co-diretor e professor do Center for Family Enterprises, da Kellogg School of Management, da Northwestern University, se dedica ao estudo das relações familiares em empresas e sobre como esses modelos podem perdurar e enfrentar os novos paradigmas da gestão e dos mercados.
Sócio do The Family Business Consulting Group, Ward realiza há mais de uma década trabalhos com as organizações familiares mais promissoras do mundo e estabelece algumas melhores práticas para a boa-sucessão nos negócios, que você confere a seguir:
- Emprego familiar seletivo: Ward argumenta que a seleção de membros da família a integrar o negócio torna o trabalho uma oportunidade, ao invés de mera obrigação. Membros da família obrigados a trabalhar na empresa familiar podem perder sua motivação;
- Liberdade para venda de ações: clareza e liberdade para que familiares acionistas do negócio possam se desfazer de suas parcelas na empresa. Pressões para manter a família no controle absoluto podem gerar deslealdade e rivalidades entre os acionistas;
- Missão familiar: uma empresa com familiares que dividam valores e persigam os mesmos objetivos tem muito mais chances de sucesso do que um negócio apenas “repartido” entre membros da família;
- Divisão de metas e planos: as famílias crescem e se tornam mais complexas. Por isso considere essencial compartilhar metas e planos da empresa com todos, evitando desencontros e choques entre acionistas;
- Encontros familiares: famílias bem-sucedidas se reúnem com frequência e aprendem juntos;
- Diversão: famílias de sucesso estabelecem regularmente ocasiões para confraternizar e se divertir. A prática reforça laços familiares entre membros que se tornam mais distantes à medida que famílias e negócios crescem e se tornam mais complexos;
- Sucessão e liderança: a distinção entre liderança familiar e liderança empresarial. Com o fundador ou atual líder (ou patriarca) falecendo ou se aposentando, a sucessão é necessária, mas não necessariamente deve ser tomada pela mesma pessoa;
- Comedimento: famílias de sucesso nos negócios propagam entre novas gerações valores de comedimento e racionalidade no uso de recursos e capital. Poupar é o segredo para a continuidade;
- Conselhos independentes: ainda que mantenham o controle dos negócios, famílias bem-sucedidas fazem uso de conselheiros e assessores independentes, que tragam opiniões, sugestões e críticas de fora do contexto familiar.
A família e a nova economiaA despeito de opiniões contrárias, há grandes probabilidades de sucesso de grupos familiares na nova economia, seja em virtude da estabilidade e regularidade desse modelo como atrativo para investidores de fundos de private-equity, ou por enfrentar o novo capitalismo digital, já que as relações consumidor/empresa se tornaram mais próximas.
O professor considera que, em ambos os casos, a reputação é um fator de suma importância – e esse é um valor certamente oferecido por famílias que conduzem seus negócios com excelência.
Fonte:PortalHSM09/12/2011
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