Aumenta recompra de ações na Bovespa
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Aumenta recompra de ações na Bovespa


Neste ano, dezesseis companhias já anunciaram operação, que busca estancar perda de valor de papéis no mercado provocada pela fraqueza da atividade econômica

O momento desafiador da economia pode ser uma boa oportunidade para as empresas recomprarem suas ações. Desde o início do ano 16 companhias já anunciaram a operação no mercado, segundo dados do site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O mercado de renda variável vem passando por fortes oscilações desde o ano passado, em razão da desaceleração da economia e denúncias de corrupção que envolvem a Petrobras. No cenário externo, a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) deve elevar a taxa de juro este ano também gera incerteza sobre o destino dos investimentos no mercado de ações.

Ontem, a Triunfo Participações e Investimentos S.A., empresa que atua no setor de infraestrutura e está presente nos segmentos de concessões rodoviárias, administração portuária e aeroportuária e energia, lançou um programa de recompra de até 7 milhões de ações ordinárias, em um prazo de 365 dias, com término em 24 de março de 2016. Atualmente a companhia possui 78,2 milhões de ações ON negociadas no Novo Mercado da Bolsa.

Segundo o diretor financeiro e de relações com investidores, Sandro Lima, o programa tem o objetivo de maximizar a geração de valor aos acionistas. “Nossas ações estão sendo negociadas a um valor inferior do que entendemos como justo. Estamos confiantes nas perspectivas operacionais dos nossos negócios, por isso tomamos essa decisão, que foi validada pelo Conselho de Administração”, diz.

No final de fevereiro, a British American Tobacco (BAT) anunciou uma proposta para compra dos 24,7% da Souza Cruz que estão no mercado para fechamento de capital. A companhia propôs pagar R$ 26,75 por ação da Souza Cruz. Em comunicado, a BAT afirmou que o preço representa uma valorização de 30% em comparação ao preço médio ponderado de ação da Souza Cruz nos três meses anteriores a 20 de fevereiro.

A operação, no entanto, foi suspensa em meados de março por causa de um pedido de assembleia geral para decidir sobre uma nova avaliação do valor proposto pela BAT. O valor foi contestado pela gestora escocesa Aberdeen Asset Management, que considera a oferta baixa. Uma nova assembleia para discutir o tema será realizada no próximo dia 9.

O diretor da Mirae Asset Securities, Pablo Stipanicic Spyer, avalia que a Bolsa está muito barata e a empresa pode até pegar um empréstimo no exterior para recomprar suas ações. “Cada caso é um caso. A recompra depende do momento de cada empresa. A companhia sabe qual é o valor de mercado dela e quando o valor da ação fica abaixo do que ela considera ideal, é natural haver uma recompra”, diz, acrescentando ainda que não descarta a possibilidade de este ano haver um número maior de recompras do que a média dos anos anteriores.

Para o sócio da Quadrante Investimentos, Álvaro Marangoni, a recompra de ações é um investimento de médio a longo prazo para a empresa. De acordo com ele, a companhia faz esta opção quando chega à conclusão que o retorno sobre o investimento de comprar ação será acima do investimento no negócio e também do dinheiro em caixa. “Quando uma empresa decide comprar suas ações é porque ela enxergou que o dinheiro em caixa vai render menos que o retorno da ação. Então, a companhia anuncia a recompra visando o retorno de médio e longo prazo”, afirma, acrescentando ainda que a recompra, geralmente, é boa para o acionista. “Você diminui a base de acionistas e aumenta o dividendo pago por ação”, explica.

BM&FBovespa compra participação na bolsa do Chile

BM&FBovespa informou ontem, através de comunicado, que adquiriu aproximadamente 2% da Bolsa de Comercio de Santiago, Chile, através de leilão realizado pela Bolsa de Comercio de Santiago, em um investimento de 2,0 bilhões de Pesos Chilenos (cerca de R$ 10,3 milhões). A BM&FBovespa informa, ainda, que continuará a avaliar oportunidades de expansão em atividades adjacentes ao seu negócio.

Em fevereiro, durante apresentação do balanço anual, o presidente da companhia, Edemir Pinto, disse que as negociações para a internacionalização da Bolsa via compra de participação das bolsas de países da América Latina iria começar com Chile e Peru e depois atingirá a Argentina, Colômbia e México. Alessandra Taraborelli  Leia mais em brasileconomico 01/04/2015



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