Cade aprova entrada da Temasek como sócia do Burger King no Brasil
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Cade aprova entrada da Temasek como sócia do Burger King no Brasil


O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a entrada da Sheares Investments, subsidiária da empresa de investimentos Temasek Holdings, como acionista minoritária da BK Brasil, que controla a operação brasileira do Burger King, segunda maior rede de fast food do mundo.

O aval para a operação --que irá diluir a participação da empresa de private equity Vinci Partners, controladora do negócio, na BK Brasil-- foi publicado em despacho do Cade no Diário Oficial da União desta sexta-feira.

No âmbito da transação, a Sheares Investments, que é inteiramente controlada pela Temasek, de Cingapura, irá subscrever 20,5 por cento do capital social da BK Brasil em uma emissão de novas ações da companhia, conforme documento apresentado ao Cade pelas partes.

A operação, cujo valor não foi divulgado, também prevê a emissão de bônus de subscrição que, se exercidos, poderão elevar a participação da Sheares no negócio para 35 por cento da BK Brasil.

Atualmente, a empresa brasileira de investimentos Vinci Partners possui cerca de 75 por cento da BK Brasil, que desenvolve e opera restaurantes próprios da marca Burger King no país. A Burger King do Brasil Assessoria a Restaurantes, subsidiária da rede norte-americana de fast food Burger King, responde pelos 25 por cento restantes.

Após a emissão das novas ações da BK Brasil, Vinci e Burger King do Brasil verão suas fatias diminuídas para cerca de 59,6 por cento e 19,9 por cento, respectivamente.

"Por meio da implementação da operação proposta e o consequente ingresso da Sheares como acionista minoritário, a Vinci deseja proporcionar à BK Brasil uma parceria de longo prazo para fortalecer as estratégias comerciais e de crescimento da BK Brasil em médio e longo prazo", conforme documento apresentado ao Cade.

Procuradas pela Reuters, Vinci Partners e BK Brasil não comentaram o assunto de imediato.

A BK Brasil viu sua receita operacional líquida consolidada subir 77 por cento por cento em 2013, a 442,3 milhões de reais, com o prejuízo da operação somando 8 milhões de reais no ano passado, contra 7,5 milhões em 2012.

A rede, que entrou no país em 2004, conta hoje com mais de 500 pontos de venda. (Por Marcela Ayres) Reuters  Leia mais em Bol.Uol 28/11/2014

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Temasek vira sócia do Burger King no Brasil

A Temasek, companhia de investimento do governo de Cingapura, fez uma injeção de capital de US$ 100 milhões para se tornar sócia da Burger King no Brasil (BK do Brasil), segundo apurou o jornal 'O Estado de S. Paulo' com fontes familiarizadas com a operação. A transação foi feita pela Sheares Investments, subsidiária da Temasek, que ficará com 20,5% de participação do negócio por meio de subscrição de novas ações da empresa.

A BK do Brasil foi criada em junho de 2011 e tem como sócios a gestora Vinci Partners, do banqueiro Gilberto Sayão, com 75%, do negócio, e a Burger King Corporation, controlada pelo fundo 3G, de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, donos da AB InBev, com 25%.

Com a entrada da Temasek na operação da Burger King do Brasil, as participações dos dois sócios serão diluídas para cerca de 60% e 20%, respectivamente. A companhia de investimentos de Cingapura poderá aumentar sua fatia para até 35% nos próximos três anos, dependendo do desempenho de resultados da Burger King nesse período. As negociações para a entrada nessa operação ocorriam há seis meses.

O despacho de aprovação da operação, sem restrições, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) foi aprovado na quinta-feira e publicado sexta-feira (28) no Diário Oficial da União. A Superintendência-Geral do Cade entende que não haverá concentração de mercado, uma vez que o grupo de Cingapura não atua nesse segmento no País.

O Burger King chegou ao País em 2004, pelas mãos do pecuarista Luiz Eduardo Batalha. Nos primeiros seis anos no País, a rede número dois do fast-food americano não conseguiu empreender expansão relevante. As coisas começaram a mudar em setembro de 2010, quando o fundo 3G comprou a operação mundial da rede de fast-food, colocando os mercados emergentes como prioridade para o crescimento do negócio. Em junho, o 3G firmou parceria com a Vinci para criar a BK do Brasil. A rede de alimentos conta hoje com mais de 500 pontos de venda.

Estratégia
A entrada da Temasek nesse negócio é vista como estratégica para companhia de Cingapura, que ainda não tem operações na área de fast-food no Brasil. Com um portfólio variado de investimentos, a companhia também está à procura de oportunidades em energia, florestas e mercado financeiro, segmentos nos quais já atua no mercado internacional.

No Brasil, a companhia tornou-se em 2010 parceira da Odebrecht na divisão de óleo e gás, com desembolso de US$ 400 milhões no negócio. No fim do ano passado, investiu na Klabin. A Temasek também tem participação na Netshoes, Amyris, de origem americana, mas com unidades no Brasil, além de posições em fundos, como GP e Pátria. A companhia de investimentos também participou dos processos de oferta pública inicial de Visanet e Santander.

O Brasil representa hoje menos de 1% do total dos negócios da Temasek pelo mundo afora, que encerrou 2013 com uma carteira de investimentos de US$ 173 bilhões. Fundada em 1974, a Temasek, embora tenha o governo de Cingapura como único acionista, não é um fundo soberano, que aplica recursos oriundos das reservas de um país. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo) Estadão ConteúdoPor Mônica Scaramuzzo | Estadão Leia mais em Yahoo 29/11/2014




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