Marcas e Empresas
O grupo segurador J. Malucelli deu ontem o primeiro passo de sua expansão pela América Latina, ao anunciar a compra de 51% da seguradora colombiana Cardinal. Os valores da operação não foram divulgados. "Passamos os últimos três anos mapeando oportunidades na América Latina e resolvemos priorizar a Colômbia", afirma Alexandre Malucelli, presidente do grupo.
A Cardinal, assim como a J. Malucelli, é especializada em seguro garantia, apólice que cobre a entrega de uma obra ou serviço, conforme está previsto no contrato. A empresa teve um faturamento de US$ 10 milhões em prêmios neste ano. A compra vinha sendo negociada há um ano e meio. "Vamos levar mais capacidade de assumir riscos e tecnologia para a seguradora, permitindo que ela entre em um novo patamar de negócios", afirma.
O restante da Cardinal será dividido entre os três sócios que criaram a empresa em 2011. São eles: o grupo Assa, do Panamá, controlador da Copa Airlines, e os grupos De Lima e Conectum, que atuam em seguros na Colômbia. A sede da seguradora continuará sendo em Bogotá e ela vai usar a marca J. Malucelli Travelers.
A aquisição faz parte de uma estratégia mais ampla de internacionalização da seguradora paranaense. "Vamos dar um passo de cada vez, mas estamos olhando outros países na região", diz Malucelli, que cita os mercados de Chile e Peru como potenciais próximos alvos. "São países em que, assim como a Colômbia, a economia tem crescido forte, o que estimula a demanda por seguro garantia", afirma. A razão é o investimento em infraestrutura, que traz a necessidade de apólices de maiores valores. Em todos os mercados, o foco são operações de garantia.
Tanto que a compra na Colômbia foi feita usando uma nova holding, a J. Malucelli Latam, criada pelo grupo justamente para acomodar as compras pela América Latina. Uma fatia de 50,5% do capital dessa nova holding pertence ao Paraná Banco, também controlador da J. Malucelli, e os outros 49,5% são da seguradora americana Travelers, que já é parceira da J. Malucelli no Brasil. Ou seja, a aquisição da Cardinal foi feita também com recursos da Travelers. "Nós capitalizamos a holding para que ela faça a aquisição", diz Malucelli.
Em novembro de 2010, a seguradora americana Travelers comprou 43,4% da holding J. Malucelli Participações, que reúne as seguradoras e a resseguradora do grupo. A aquisição custou R$ 657,1 milhões. Essa participação depois foi ampliada para 49,5%. De lá para cá, a J. Malucelli diversificou sua área de atuação além da garantia, para outros ramos de seguros.
A escolha de começar a internacionalização pela Colômbia não foi ao acaso. O mercado colombiano de seguro garantia é quase do tamanho do brasileiro, diz Malucelli. Se o seguro garantia no Brasil deve encerrar o ano com uma receita de US$ 450 milhões em prêmios, calcula o executivo, o da Colômbia deve ficar próximo de US$ 400 milhões. Só o mercado mexicano é maior que o dos dois países na América Latina.
Ainda no projeto internacional, a J. Malucelli chegou a ensaiar entrada na Argentina, nos últimos anos. Porém, acabou desistindo graças à conjuntura econômica do país, conta o executivo.
A expectativa de Malucelli é que a compra seja finalizada no segundo semestre de 2015, conforme a aprovação de órgãos reguladores. Fonte: Valor Econômico/Felipe Marques | De São Paulo Leia mais em portosenavios 11/12/2014
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Marcas e Empresas
J. Malucelli compra seguradora na Colômbia
O grupo segurador J. Malucelli deu ontem o primeiro passo de sua expansão pela América Latina, ao anunciar a compra de 51% da seguradora colombiana Cardinal. Os valores da operação não foram divulgados. "Passamos os últimos três anos mapeando oportunidades na América Latina e resolvemos priorizar a Colômbia", afirma Alexandre Malucelli, presidente do grupo.
A Cardinal, assim como a J. Malucelli, é especializada em seguro garantia, apólice que cobre a entrega de uma obra ou serviço, conforme está previsto no contrato. A empresa teve um faturamento de US$ 10 milhões em prêmios neste ano. A compra vinha sendo negociada há um ano e meio. "Vamos levar mais capacidade de assumir riscos e tecnologia para a seguradora, permitindo que ela entre em um novo patamar de negócios", afirma.
O restante da Cardinal será dividido entre os três sócios que criaram a empresa em 2011. São eles: o grupo Assa, do Panamá, controlador da Copa Airlines, e os grupos De Lima e Conectum, que atuam em seguros na Colômbia. A sede da seguradora continuará sendo em Bogotá e ela vai usar a marca J. Malucelli Travelers.
A aquisição faz parte de uma estratégia mais ampla de internacionalização da seguradora paranaense. "Vamos dar um passo de cada vez, mas estamos olhando outros países na região", diz Malucelli, que cita os mercados de Chile e Peru como potenciais próximos alvos. "São países em que, assim como a Colômbia, a economia tem crescido forte, o que estimula a demanda por seguro garantia", afirma. A razão é o investimento em infraestrutura, que traz a necessidade de apólices de maiores valores. Em todos os mercados, o foco são operações de garantia.
Tanto que a compra na Colômbia foi feita usando uma nova holding, a J. Malucelli Latam, criada pelo grupo justamente para acomodar as compras pela América Latina. Uma fatia de 50,5% do capital dessa nova holding pertence ao Paraná Banco, também controlador da J. Malucelli, e os outros 49,5% são da seguradora americana Travelers, que já é parceira da J. Malucelli no Brasil. Ou seja, a aquisição da Cardinal foi feita também com recursos da Travelers. "Nós capitalizamos a holding para que ela faça a aquisição", diz Malucelli.
Em novembro de 2010, a seguradora americana Travelers comprou 43,4% da holding J. Malucelli Participações, que reúne as seguradoras e a resseguradora do grupo. A aquisição custou R$ 657,1 milhões. Essa participação depois foi ampliada para 49,5%. De lá para cá, a J. Malucelli diversificou sua área de atuação além da garantia, para outros ramos de seguros.
A escolha de começar a internacionalização pela Colômbia não foi ao acaso. O mercado colombiano de seguro garantia é quase do tamanho do brasileiro, diz Malucelli. Se o seguro garantia no Brasil deve encerrar o ano com uma receita de US$ 450 milhões em prêmios, calcula o executivo, o da Colômbia deve ficar próximo de US$ 400 milhões. Só o mercado mexicano é maior que o dos dois países na América Latina.
Ainda no projeto internacional, a J. Malucelli chegou a ensaiar entrada na Argentina, nos últimos anos. Porém, acabou desistindo graças à conjuntura econômica do país, conta o executivo.
A expectativa de Malucelli é que a compra seja finalizada no segundo semestre de 2015, conforme a aprovação de órgãos reguladores. Fonte: Valor Econômico/Felipe Marques | De São Paulo Leia mais em portosenavios 11/12/2014
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