Marcas e Empresas
Mercado no Brasil deve dobrar nos próximos sete anos
As 10,5 milhões de refeições coletivas servidas diariamente ao longo deste ano em empresas e instituições de todo o país representam um total 11,2% superior ao de unidades distribuídas por dia no ano passado, que ficou em 9,4 milhões.
A Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas (Aberc) estima um aumento de 10% ao ano ao longo desta década. Em sete anos, deve dobrar. O faturamento está crescendo na mesma velocidade: passou de R$ 10,9 bilhões no ano passado para R$ 13 bilhões estimados neste ano. Oito anos atrás, em 2003, representava apenas R$ 5 bilhões. A velocidade do crescimento é pelo menos duas vezes maior que o ritmo da economia como um todo.
Ainda assim, não falta espaço para crescer. Segundo a Aberc, o mercado potencial de refeições está estimado em 41 milhões de unidades por dia. O setor oferece hoje 180 mil empregos diretos e consome um volume de 3 mil toneladas de alimentos por dia. "Entre impostos, contribuições e taxas o setor recolhe R$ 3 bilhões por ano", afirma Antonio Guimarães, diretor superintendente da Aberc.
O Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT - foi instituído em 1976. Pelo programa, as empresas devem oferecer alimentação adequada a seus funcionários, cobrando deles um máximo de 20% do valor. A empresa pode ela própria assumir a função de preparar e distribuir as refeições, assim como terceirizar os serviços. Pode também oferecer "refeição-convênio" ou "alimentação-convênio", tíquetes com os quais o funcionário compra refeição pronta ou utiliza para a aquisição de gêneros alimentícios na rede de estabelecimentos credenciados.
Dentre as várias modalidades de alimentação voltadas a grupos, a de refeições coletivas é a que serve um público maior. A autogestão - fornecimento de refeições administrado pela própria empresa - está servindo em 2011 um total de 150 mil refeições por dia. As refeições-convênio, tíquetes para restaurantes comerciais, são estimadas em 6 milhões por dia.
O mercado de refeições coletivas ganha território com o aquecimento da economia. Para empresas instaladas fora dos polos urbanos, em lugares remotos e pouco acessíveis, a refeição no local de trabalho muitas vezes é a única opção. (R.C.)
Fonte:Valor30/11/2011
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