Nos mais variados contextos, se diz que a mulher está no comando. De forma geral, me parece grandemente exagerado e nas companhias de capital aberto isso claramente não procede. Ainda são poucas as mulheres em cargos como presidência do conselho de administração, presidência da diretoria e diretoria de relações com investidores.
Presidente do Conselho de Administração: 8, em especial a Dilma Pena (Cesp, EMAE e Sabesp) e a Dilma Rousseff (Petrobras).
Diretora-presidente: 3, em especial a Anna Christina Saicalli (B2W).
Diretora de Relações com Investidores: 14, como a Viviane Castro (Redecard) e Daniela Sabbag (Pão de Açúcar).
Isso de um total de pouco menos do que 400 empresas (com algumas pessoas preenchendo o cargo em mais de uma empresa).
Uma das explicações que eu encontro é que a entrada da mulher no mercado de trabalho é ainda relativamente recente e que os cargos principais requerem mais tempo de empresa e de experiência. Há mais diretoras de relações com investidores do que nos demais cargos porque (pelo que pude perceber) a média de idade nessa diretoria é menor e o cargo começou a ser levado a sério apenas muito recentemente, o que acaba tornando a competição por esse cargo mais igualitária entre os gêneros..
Com o tempo, imagino que o número cresça até chegar (com muito otimismo) próximo ao da proporção de mulheres na população.
Fora das empresas de capital aberto, há algumas mulheres ocupando cargos importantes. Fora a ministra Dilma Rousseff, presidenciável em 2010, tem a presidente da Caixa Econômica Federal (Maria Fernanda Ramos Coelho), a presidente da Comissão de Valores Mobiliários (Maria Helena Santana) e a presidente da Securities Exchange Comission, a CVM americana (Mary Schapiro) e ainda a Maria Silvia Bastos, ex-presidente da CSN entre 1999 e 2002 e atual presidente da Icatu Hartford.