Marcas e Empresas
Setor pode atrair US$ 160 bilhões até 2020
A indústria química tem capacidade para atrair investimentos de US$ 160 bilhões até 2020 no Brasil, segundo a Abiquim. 'Só para acompanhar o crescimento do PIB precisaríamos de investimento de US$ 87 bilhões', diz Fernando Figueiredo, presidente executivo da entidade. Nessa conta, ainda estão US$ 45 bilhões para superar o déficit do setor, US$ 20 bilhões com a química renovável e US$ 15 bilhões com investimentos do pré-sal.
O setor químico é bastante sólido no Brasil. Ele corresponde a quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) da indústria. No ano passado, o faturamento líquido cresceu 15,8%, passando de US$ 128,5 bilhões para US$ 158,5 bilhões. 'O que a indústria química precisa é de um planejamento de longo prazo. Dificilmente você tem uma planta química que entra em operação em menos de 36 meses', diz Figueiredo.
A ambição da indústria química nacional é se tornar a quinta maior do mundo, ultrapassando a França e a Coreia. 'A grande questão é a gente permanecer na frente da Índia (hoje na oitava colocação).'
O cenário para o setor tende a melhorar porque o governo federal já dá sinais de que busca alternativas para recuperar a produtividade da indústria como um todo com o Plano Brasil Maior. Além disso, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já faz um estudo sobre as possibilidades de diversificação da indústria química.
Com o início da produção do pré-sal, a tendência também é que o preço da matéria-prima caia. 'Acho que o preço cairá com tempo porque o Brasil ficará abundante em gás a partir do pré-sal', prevê Carlos Fadigas, presidente da Braskem.
Para aumentar o desempenho da indústria nacional, o setor químico também tem cobrado o fim do que chama de 'distorções' nos preços de energia elétrica.
'Mantidas as atuais condições da economia, o trabalho mostrou que, se reduzíssemos o custo da energia elétrica e do gás natural nos moldes previstos no projeto, o Brasil incorporaria uma Argentina em dez anos em termos de PIB' disse Paulo Pedrosa, presidente da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace). Além disso, ele diz que seriam criados 6 milhões de empregos./L.G.G.
Fonte:estadao18/3/2012
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