Marcas e Empresas
TI - RADAR de Fusões e Aquisições, em março/2014
Foram anunciadas 16 operações de Fusões e Aquisições na área de TI em março/2014, representando um crescimento de 45% ante o mês de fevereiro. No 1º trim/14, constata-se uma queda de 13% no número de transações realizadas.
Os segmentos de Software e Serviços de TI concentraram o maior número de operações.
O valor total dos negócios chega a 950 milhões de reais e no acumulado do 1º trim/14, a 2,7 bilhões de reais.
Quanto ao racional do investimento as operações direcionadas à Escala predominaram.
Transações envolvendo empresas de pequeno e médio portes foram em maior volume.
Os investidores financeiros foram muito mais ativos, bem como os de capital estrangeiro.
A operação do mês foi a compra pela empresa chilena de tecnologia Sonda da provedora brasileira de serviços de tecnologia CTIS por cerca de 170 milhões de dólares.
O Indicador de Volume de Transações de M&A do mês sinaliza viés de queda do volume de fusões.
Operações de Fusões e Aquisições de Tecnologia da Informação – TI e Telecom, noticiadas com destaque na imprensa brasileira no decorrer do mês de março de 2014. As informações estão apresentadas em blocos, detalhando as transações por Volumes e Valores, Segmentos, Racional do Investimento, Porte das empresas, Perfil do Investidor, Destaques do mês e Relação das Transações. ANÁLISE DO MÊS Principais constatações.
No mês de março/14 foram realizadas 16 transações, representando uma queda de 24% em relação a março/13 (21 operações) e um crescimento de 45% em relação ao mês imediatamente anterior (11 transações). No 1º trim/14, constata-se uma queda de 13% no volume de operações.
O fluxo de transações realizadas nos últimos meses evidencia um mercado oscilante, com uma retomada em março.
O objetivo do Indicador de Volume de Transações de M&A é sinalizar uma expectativa de tendência, com base na análise do verificado nos períodos semestrais móveis. No período móvel findo em mar/14, mantém o viés de queda já identificado no mês anterior, após um razoável período de crescimento do volume de fusões e aquisições.
Os segmentos de maior volume de operações em mar/14, foram os de SOFTWARE e SERVIÇOS DE TI.
Na classificação entre os Segmentos de TI no mês de março, os subsegmentos de Verticais - BPO: serviços financeiros; contabilidade, recursos humanos...; Outsourcing; Treinamento, de SERVIÇOS DE TI - e as Verticais e Horizontais de App, de SOFTWARE, foram os mais ativos. Esta mesma distribuição se reproduz no 1º trim/14.
No que tange aos montantes das transações, incluindo as operações que divulgaram os valores e as não divulgadas (estimadas), o mês de março totalizou cerca de novecentos e cinquenta milhões.
TOP 5 - MAIORES TRANSAÇÕES EM VALOR - MARÇO/14
- Chilena Sonda compra brasileira CTIS por US$170 mi. A empresa chilena de tecnologia Sonda comprou a provedora brasileira de serviços de tecnologia CTIS por cerca de 170 milhões de dólares, expandindo sua presença no maior mercado da América Latina. A Sonda disse que o preço final da aquisição pode aumentar em 36 milhões de dólares, dependendo dos resultados da CTIS em 2014 até 2018. A CTIS teve vendas de aproximadamente 358 milhões de dólares em 2013. 13/03/2014 Com aquisição de 100% da CTISpor um valor que pode chegar a R$ 485 milhões, dos quais R$ 85 milhões estão pendentes de resultados entre 2014 e 2018.
- Banco Mundial investe em operadora paulista. O Banco Mundial (Bird), por meio do braço financeiro da instituição, a International Finance Corporation (IFC), deve investir até US$ 90 milhões numa nova operadora de internet de banda larga no interior de São Paulo, chamada ON Telecom. A operação inclui uma compra de participação acionária na empresa, que também tem investimentos do bilionário George Soros, segundo um documento do Bird. O programa de investimentos da ON Telecom é de US$ 250 milhões. Desse total, o IFC deve ficar responsável por até US$ 90 milhões. No montante, está incluído um aporte de US$ 20 milhões para a compra direta de ações da ON, um empréstimo de US$ 30 milhões e o restante em empréstimos paralelos ou sindicalizados, nos quais o IFC dá a chancela para um conjunto de bancos aportarem. 25/03/2014
- Investimento na Linx mostra confiança na economia brasileira. A GIC comprou 5,02 por cento da provedora de tecnologias de comunicação Linx, de acordo com um documento da Linx do dia 10 de março. Neste mês, ela aumentou sua participação na empresa de processamento de alimentos BRF, com sede em São Paulo, e em outubro decidiu investir na empresa de tratamento de água e esgoto Aegea Saneamento e Participações. As ações da Linx, com sede em São Paulo, ganharam 72 por cento desde a oferta pública inicial da empresa em fevereiro do ano passado. Elas fecharam ontem a R$ 46,39, o que avalia a participação da GIC em R$ 108 milhões (US$ 46 milhões).13/03/2014
- R$ 30 milhões: BebêStore recebe terceira rodada de investimento de Atomico e W7. A Bebê Store, loja virtual pioneira de produtos infantis, anuncia que recebeu uma terceira rodada de investimentos de R$ 30 milhões do Atomico e da W7 Brazil Capital. O aporte vem reforçar o momento positivo da empresa, que, desde sua fundação, em dezembro de 2009, vem se consolidando no mercado de e-commerce de produtos para bebês e crianças no Brasil. A segunda rodada tinha sido de US$ 10,2 milhões (quando a W7 entrou), e a primeira (só do Atomico) foi de US$ 7,8 milhões. No ano passado, a companhia registrou um crescimento anual de 137% no faturamento. 13/03/2014
- Serviços e software entram no foco. As companhias novatas de comércio eletrônico já não são as únicas a atrair a atenção de fundos de venture capital e investidores-anjos. Nos últimos meses, empresas de serviços on-line e de software tornaram-se alvos de investidores especializados no setor de tecnologia . A TMG investiu este mês R$ 30 milhões na OQvestir especializada no comércio eletrônico de moda. 31/03/2014
REPRESENTATIVIDADE POR SEGMENTO
Na segregação dos valores por segmento de TI, Comércio Eletrônico e Serviços de TI responderam no 1º trim/14, por 66% em valor e 47% do nº das operações.
Comparando-se o número de transações compiladas no 1º trim/14, por segmento, com o mesmo período de 2013, verifica-se uma mudança do perfil, e uma queda quase generalizada do nº de operações, e de forma mais acentuada em Software e Serviços de Internet.
REPRESENTATIVIDADE POR VERTICAL
Com o propósito de mapear os setores econômicos para os quais estão sendo direcionados os investimentos no mercado brasileiro de TI, o gráfico abaixo retrata o número de operações e montantes envolvidos, segmentado por verticais de negócios, no acumulado do 1º trim/14. Destaques para o total de negócios na Vertical Tecnologia, com 33% das transações.
RACIONAL DO INVESTIMENTO
A intenção é distinguir as transações de M&A na área de TI, Telecom e Mídia, em função da Tese de Investimento, ou seja, os conceitos que prevaleceram para a aquisição da empresa-alvo. Na maior parte das vezes a notícia não é muito clara a respeito dos direcionadores de valor que levaram à aquisição. Mesmo assim, procurou-se identificar as premissas sobre o Racional da transação para segregar em 4 grandes grupos, de modo a permitir o entendimento das principais vetores que estão orientando os investidores estratégicos e financeiros.
Em mar/14, as operações com o racional do investimento direcionado para Escala prevaleceram nas 12 operações - voltadas para ampliar a participação de mercado em alguns segmentos ou geografias. No quadro abaixo são apresentados os percentuais acumulados no 1º trim./14.
(1) Aumentar a atual capacidade ou faturamento; penetrar em novos mercados geográficos (2) Aumentar ofertas de novos produtos e serviços – expansão/ complemento do mix, ampliar competências (3)Aumentar market-share, aproveitar sinergias e economias de escala, geralmente entre duas companhias com negócios similares (4) Empresa brasileira adquire empresa de capital estrangeiro – acesso a mercados globais seja no âmbito do escopo, seja de escala; PORTE DAS EMPRESAS
O objetivo é proporcionar uma visão das transações classificadas em função do porte das empresas. Utilizou-se o critério adotado pelo BNDES e aplicável a todos os setores para a classificação do porte em função da Receita Bruta anual (informada ou estimada). Em relação ao porte, os investidores no mês de mar/14 deram preferência para empresas de Pequeno porte (7 operações). No acumulado do 1º trim/14, sobressai as operações com empresas de Pequeno porte.
• Microempresa <= R$ 2,4 milhões • Pequena empresa > R$ 2,4 milhões e <= R$ 16 milhões • Média empresa > R$ 16 milhões e <= R$ 90 milhões • Média-grande empresa > R$ 90 milhões e <= R$ 300 milhões • Grande empresa > R$ 300 milhões PERFIL DO INVESTIDOR
Em relação ao perfil do investidor, das 16 operações os Investidores Estratégicos forma responsáveis por 6 negócios em mar/14. Desse volume, 3 operações foram realizadas por empresas de capital nacional e 4 de capital estrangeiro. Os investidores financeiros, representados por Fundos de Investimentos realizaram 10 negócios, distribuídos entre capital nacional com 3 e estrangeiro com 7. Em valores, o investidor estratégico foi responsável por 56% e o Financeiro por 44%. O quadro abaixo apresenta os dados consolidados do 1º trim./14.
(1) Empresa adquire outra empresa (controladora ou não) relevante do ponto de vista estratégico, a fim de ter acesso a tecnologia, produto ou serviço. (2) Fundo de Investimento Private Equity; Venture Capital, Angel; (3) Empresa de capital nacional adquirindo participação em empresa brasileira (controladora ou não). (4) Fundo de Investimento de capital estrangeiro adquirindo participação em empresa brasileira (controlador ou não). Quanto ao Nº de Operações
Quanto aos Valores
NACIONALIDADE DOS INVESTIDORES
Em relação à nacionalidade das empresas que estão investindo no Brasil no mês de mar/14, foram registrados cinco países com onze operações. No acumulado do 1º trim./14, foram 26 operações com investidores estrangeiros. Os EUA foram responsáveis por 62% desse total, com 16 negócios, e o segmento SERVIÇOS DE TI e COMÉRCIO ELETRÔNICO foram o mais representativos, com 33,3 cada%.
HUMORES & RUMORES
- iG tentou comprar o portal Terra, diz colunista. A empresa portuguesa Ongoing, dona do iG, tentou comprar o Terra para formar o maior portal do Brasil, diz a coluna de Lauro Jardim, de VEJA, desta semana. Segundo o colunista, os portugueses da Ongoing procuraram a Telefônica, dona do Terra, e negociavam desde setembro para que o negócio estivesse concluído antes das eleições. Mas as conversas esfriaram nas últimas semanas por causa de valores.22/03/2014
- KKR negocia com exclusividade a compra da Aceco Desde 2012, quando começou a procurar empresas para comprar no Brasil, o megafundo americano de private equity KKR fuçou, olhou, pesquisou, negociou — mas comprar, que é bom, nada. Mas, após tanto trabalho à toa, parece que agora vai. O KKR está negociando com exclusividade a compra da empresa de tecnologia Aceco, líder em infraestrutura para data centers no país. A empresa é avaliada em pouco mais de 1 bilhão de reais. 27/03/2014
RELAÇÃO DAS TRANSAÇÕES
A relação das transações de Fusões e Aquisições na área de TI, segue a data em que foram divulgadas pela imprensa e compiladas pelo blog fusoesaquisicoes.blogspot.com. Todas podem ser pesquisadas e localizadas no blog.
RELATÓRIO ANTERIOR: TI - RADAR de Fusões e Aquisições, em fevereiro/2014
M&A - QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ
O RADAR de M&A em TI tem o propósito de captar o “clima” do mercado das operações de Fusões e Aquisições, no setor de serviços de Tecnologia da Informação e Comunicação, bem como sinalizar suas principais tendências. Trata-se da compilacão mensal das notícias visando tornar mais acessíveis e conhecidos os negócios de fusão, aquisição e venda realizados entre empresas com atuação no Brasil. Todas as informações sobre os negócios citados no presente relatório são obtidas a partir de notícias consideradas confiáveis publicadas pela imprensa e divulgadas no “estado" pelo blog FUSOESAQUISICOES.BLOGSPOT http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br , não sendo feita qualquer verificação quanto à sua veracidade, precisão ou integridade do conteúdo. Sempre que possível, serão mencionados os nomes dos compradores – investidor estratégico ou fundos de private equity, dos vendedores, a tese de investimento e principais “value drivers”, o valor da transação, forma de pagamento, múltiplos praticados (Valor da Empresa/EBITDA, Valor da Empresa/Receita) etc. Muitas vezes a notícia não é clara a respeito dos valores/forma de pagamentos e respectivos múltiplos. É bem-vinda toda e qualquer contribuição para tornar as informações mais precisas e transparentes.
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