TOM FORD
Marcas e Empresas

TOM FORD



O badalado Tom Ford viveu uma escalada meteórica, deixando seu rastro na história da moda contemporânea como o homem que ressuscitou a italiana Gucci, reinventou e sacudiu o mercado de luxo e criou a febre da “logomania”. Hoje, com a marca que leva seu nome, não deixou de ser polêmico, realizando desfiles secretos e controlando rigorosamente as imagens que saem na imprensa. Tudo para mexer ainda mais com o desejo de quem adora luxo, e cujos produtos e experiências tem o poder de estabelecer conexões emocionais com consumidores importantes, como Brad Pitt, Michelle Obama, Beyoncé, Julianne Moore, Jennifer Aniston, entre tantos outros formadores de opinião. 

A história 
Thomas Carlyle Ford nasceu no dia 27 de agosto de 1962 na cidade de Austin, no estado do Texas, e passou a maior parte da sua infância em Santa Fé, no Novo México. Começou sua carreira profissional como ator de comerciais, mas acabou desistindo quando uma das exigências para um novo trabalho era raspar a cabeça. Estudou história da arte na Universidade de Nova York e depois arquitetura e moda na Parson School of Design, onde se formou em 1986, após uma breve estadia em Paris e estagiar no departamento de comunicação da grife francesa Chloé, na área de produção de figurino para editoriais.


Em 1992, quando Richard Lambertson saiu da empresa, Tom ficou em seu lugar como diretor criativo geral da marca, supervisionando desde as coleções de prêt-à-porter, acessórios e perfumes, até desfiles, campanhas publicitárias e o design das lojas. Em 1995, ganhou o badalado prêmio do Council of Fashion Designers of America (CFDA), ao mesmo tempo em que aparecia para o mundo da moda como o grande revitalizador da Gucci, quando o herdeiro da marca italiana, Maurizio Gucci, foi assassinado e a família se afastou dos negócios, que ficaram nas mãos de um grupo árabe.


Em poucos anos, Tom Ford transformou-se de um estilista iniciante em empresário de enorme sucesso. Associado ao italiano Domenico De Sole, ele fez da decadente Gucci um negócio bilionário, fazendo com que o duplo “G” (símbolo da marca italiana) voltasse a ser considerado um luxo. Os dois enfrentaram, e venceram, o francês Bernard Arnault, dono do grupo LVMH, e juntos compraram, em 1999, a Yves Saint Laurent. Com a definitiva saída de cena do estilista Yves Saint Laurent, em 2002, Tom Ford tornou-se o comandante chefe absoluto da lendária marca francesa. Um exemplo da controversa e polêmica personalidade do estilista foi a campanha para o clássico perfume Opium da YSL, que mostrava a modelo Sophie Dahl nua em pose de simulação de um orgasmo. A campanha foi banida no Reino Unido por ser considerada muito ousada. Parece uma banalidade nos dias de hoje, mas os anúncios soft porn geraram grande controvérsia e foram responsáveis por um novo patamar criativo nas campanhas de fragrâncias.


Quando deixou o grupo Gucci em 2004, juntamente com o CEO Domenico de Sole, por desacordos contratuais, Tom Ford desenhava 15 coleções por ano para a Gucci e para a YSL, supervisionava as campanhas publicitárias, atuava como empresário ativo nas grifes Balenciaga e Bottega Veneta, e reforçava as parcerias com Alexander McQueen e Stella McCartney, outras marcas adquiridas pela empresa italiana. Além disso, tornou-se o queridinho das editoras de moda das revistas mais influentes e uma lenda no mercado de luxo. O período de afastamento de Tom Ford do universo da moda durou pouco. Isto porque em abril de 2005 ele fundou a TOM FORD INTERNATIONAL. Primeiro lançou produtos de beleza em parceria com a Estée Lauder, que resultou em perfumes como o Black Orchid, desenvolvido de forma ousada para que o cheiro “lembrasse as partes íntimas”, e uma linha de óculos de sol e de grau com o grupo Marcolin, que se tornaram sucesso imediato com suas formas arredondadas, design arrojado e materiais sofisticados.


Depois, em 2006, através de uma parceria com o grupo italiano Ermenegildo Zegna, que iria produzir sua linha masculina. Era a volta de TOM FORD ao mundo da moda. Sua marca ganhou uma sofisticada loja em Nova York, localizada em plena Madison Avenue. Apoiado em sua imagem elegante, sempre vestindo smokings e ternos alinhados, Ford era o nome certo para vestir homens que topavam desembolsar cinco dígitos para frequentar festas trajando o melhor costume do mundo. Hoje em dia, Brad Pitt e Ashton Kutcher fazem parte do seleto grupo que prestigia a marca. Além disso, ele causou comoção no mundo da moda alguns meses depois, ao posar para a capa da revista norte-americana Vanity Fair vestindo suas próprias criações entre duas beldades completamente nuas – as atrizes Keira Knightley e Scarlett Johansson. Três anos mais tarde investiu em uma expansão global com a inauguração de lojas em Milão, Londres, Los Angeles e Havaí.


Mas foi somente em 2010, com a apresentação da primeira coleção feminina na sofisticada loja âncora da Madison Avenue, que Tom Ford regressou com tudo ao mercado e ao segmento de luxo. A coleção foi extremamente bem recebida pela crítica, como por exemplo, a editora Cathy Horyn, que escreveu no The New York Times: “O auge do glamour. Chique e feminina, com um altíssimo senso de moda que se vê cada vez menos nas passarelas hoje em dia”. Em 2011 lançou uma linha masculina de cosméticos. Mais recentemente, em 2013, além de lançar uma sofisticada linha de maquiagens (incluindo coleções de esmaltes), a marca inaugurou sua primeira loja própria em Londres, antes mantinha corners dentro de badaladas lojas de departamento. E o sucesso não parou por aí. O estilista foi convidado por Justin Timberlake para desenhar as roupas de sua última turnê e participou pela primeira vez do London Fashion Week, em clara demonstração que deseja tornar sua marca uma referência internacional em moda de luxo.


Charmoso aos olhos hollywoodianos, Tom Ford, um caipira texano que ousou pisar com as suas rústicas botas de caubói no prêt-à-porter parisiense, caminha a passos largos para se tornar um dos estilistas mais poderosos do século. Entre a fotografia, direção de cinema, campanhas polêmicas e empreendedorismo, desenhar roupas parece ser só mais uma tarefa que ele realiza muito bem. Em seus desfiles secretos, nos looks exibidos no tapete vermelho por estrelas do cinema (quem não se lembra do vestido com capa branca usado por Gwyneth Paltrow no Oscar 2012), nas lojas de sua marca e nas campanhas publicitárias, tudo exala os componentes que alicerçam sua busca pelo sucesso: sexo, poder e determinação.


Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Fundação: 2005 
● Fundador: Tom Ford e Domenico De Sole 
● Sede mundial: New York City, New York 
● Proprietário da marca: Tom Ford International LLC 
● Capital aberto: Não 
● Chairman: Domenico De Sole 
● CEO: Tom Ford 
● Faturamento: US$ 1 bilhão (estimado) 
● Lucro: Não divulgado 
● Lojas: 100 
● Presença global: 50 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 400 
● Segmento: Moda de luxo 
● Principais produtos: Roupas, acessórios, cosméticos e perfumes 
● Concorrentes diretos: Marc Jacobs, Gucci, Louis Vuitton, Chanel e Prada 
● Ícones: A ousadia 
● Website: www.tomford.com 

A marca no mundo 
Atualmente a TOM FORD comercializa sua linha de produtos, que engloba roupas masculinas e femininas, calçados, acessórios, perfumes e cosméticos, através de 100 lojas próprias. Presente em mais de 50 países ao redor do mundo, seus produtos são encontrados também em sofisticadas lojas de departamento. Segundo estimativas de mercado a marca TOM FORD fatura anualmente cerca de US$ 1 bilhão. E seus óculos contribuem muito para isso: somente em 2013 foram vendidos mais de um milhão de unidades no mundo. 

Você sabia? 
No ano de 2009, Tom Ford dirigiu “A Single Man” (em português, “Direito de Amar”), um filme premiado e aclamado pela crítica e público, baseado no livro homônimo de Christopher Isherwood, com Collin Firth no papel principal. 
O talento do estilista é tamanho que, em 2005, foi escolhido para produzir os ternos e roupas do ator Daniel Craig, no filme de James Bond, Quantum of Solace. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Isto é Dinheiro), jornais (Valor Econômico), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand) e Wikipedia (informações devidamente checadas). 

Última atualização em 25/3/2014




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