Marcas e Empresas
Com desafios logísticos, Mary Kay cresce 40% no Brasil em 2011
Ainda pequena no gigante mercado brasileiro de vendas diretas, a americana Mary Kay cresceu 40% em faturamento no Brasil em 2011, um pouco abaixo dos 45% previstos para o ano. Em 2010 o avanço tinha sido de 50%.
Assim como as concorrentes Avon e Natura, a empresa teve dificuldades logísticas no ano. Foi difícil garantir a qualidade da operação ao mesmo tempo em que ampliava a estrutura, com mudança da sede de São Paulo para Barueri, e crescimento do quadro de funcionários diretos - de 60 em janeiro para 160 em dezembro.
“Os pedidos demoraram um pouco para chegar às consultoras”, diz o diretor-geral Alvaro Polanco, maior cargo da empresa no Brasil. “Agora estamos preparando o crescimento, antes de ter o desafio que tivemos no ano passado”, afirma.
A empresa vai investir R$ 10 milhões em fevereiro para dobrar a capacidade de separação de pedidos no país. Também pretende aplicar pelo menos R$ 80 milhões em incentivos às consultoras. Em convenção nacional, que começou ontem e vai até sábado, a empresa anunciou com muito barulho que os carros rosas, cujo direito de uso serve como recompensa para as consultoras, passará a tingir Cruisers e Captivas no lugar dos atuais Vectras.
No segundo semestre, segundo Polanco, a Mary Kay deve anunciar quando e onde será construída sua primeira fábrica no Brasil. A empresa procura um terreno, com preferência pelo Estado de São Paulo. Uma possibilidade ainda é comprar uma fábrica já existente. “Isso ajudaria muito no processo e faz parte da análise, mas encontrar exatamente o que você está buscando é difícil”, diz o executivo.
Desde 1998 no Brasil, a Mary Kay fechou 2011 com 90 mil consultoras, 20% mais do que em 2010, sendo que 24 delas chegaram o cargo máximo, de diretora nacional, dado por um balanço entre vendas e número de pessoas que conseguem atrair para o negócio. A operação brasileira é a quinta maior, atrás de EUA, China, Rússia e México. Por Luciana Seabra
Fonte:Valor20/01/2012
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